Em sabatina, Covas destaca investimentos no social e na redução das desigualdades

Prefeito também reforçou apoio a projeto de auxílio emergencial municipal 

Bruno Covas, prefeito da cidade de São Paulo, abriu na tarde de hoje (15) o ciclo de sabatinas do Estadão com os candidatos a prefeito da capital. O evento contou com a mediação da jornalista Vera Magalhães e a participação dos jornalistas Adriana Ferraz e Pedro Venceslau.

Covas defendeu que a Câmara Municipal coloque em votação rapidamente o projeto de lei de autoria do vereador Eduardo Suplicy que cria o Programa de Renda Básica Emergencial no município de São Paulo. De acordo com ele, a prefeitura tem condições financeiras de bancar um auxílio de R$ 100 para cerca de 1 milhão de pessoas nos meses de outubro, novembro e dezembro. “Acho essa uma medida importante, no momento em que o valor do auxílio federal será reduzido de R$ 600 para R$ 300.

Sobre o apoio do presidente Jair Bolsonaro ao candidato Celso Russomano, Covas declarou que sua campanha tem diretrizes claras, que não serão alteradas por conta de situações como essa. “A gente não escolhe adversário. O presidente podia aproveitar e explicar a queda de 97% nas transferências voluntárias do Governo Federal para São Paulo em relação ao último ano do governo Temer. E o candidato dele poderia justificar por que não fez nada em relação a isso”, afirmou.

O prefeito considera que o debate sobre ser de esquerda ou direita interessa pouco à população em geral. “Sou a favor do Estado necessário. Não tenho nenhum problema em ampliar parcerias com o setor privado, em desestatizações. Isso possibilita que ampliemos os investimentos em Saúde, Educação, as áreas em que a administração precisa agir mais fortemente”.

O prefeito anunciou ainda que no dia 22 de outubro sairá o resultado de um novo inquérito sorológico para que a Vigilância Sanitária decida sobre uma possível ampliação da reabertura das escolas no município. “A rede municipal de ensino está equipada para esse retorno, mas a decisão só será tomada com o aval da Ciência”.

A respeito de sua política para a população em situação de rua, Covas destacou que manterá a linha adotada até agora, com ações de acolhimento, saúde e porta de saída por meio de educação, qualificação e emprego, mas também com a presença da Polícia Militar e Guarda Municipal nas ruas para o combate ao tráfico de drogas.

O prefeito justificou também o investimento na requalificação das calçadas da cidade. “Cerca de 1/3 dos deslocamentos ocorridos em São Paulo são feitos a pé. Realizamos um levantamento das calçadas mais movimentadas e o estado delas para definirmos essas obras”.

Questionado sobre qual marca gostaria de deixar em sua gestão atual e na próxima, Covas destacou que pretende ser lembrado como um gestor que investiu no social e na redução das desigualdades.

“Enfrentamos a maior crise sanitária da história, que deixa como legado uma profunda crise econômica e social. Mas para 2021, mesmo com um Orçamento menor que o estabelecido para 2020, aumentamos os recursos para Saúde, Educação e Geração de Emprego e Renda”.

De acordo com o prefeito, mesmo com os impactos negativos da pandemia, foi possível manter uma perspectiva de investimentos na ordem de R$ 4,5 bilhões no Orçamento para 2021. “Além disso, reduzimos a proporção entre as receitas e as dívidas do município de 97% quando assumimos para 38% hoje, o que nos permite obter empréstimos, inclusive internacionais”, ressaltou.