“O momento requer experiência e pés no chão”

Bruno Covas participou de edição especial do Roda Viva e destacou importância de se fazer justiça social com responsabilidade fiscal 

Bruno Covas, prefeito da cidade de São Paulo, participou na noite de ontem (23) da edição especial do programa Roda Viva, da TV Cultura, com os candidatos que disputam o 2º turno da eleição para a administração da capital. “Chegou a hora de escolher entre quem está do lado da verdade, do enfrentamento dos problemas, ou do lado da ilusão. O momento requer experiência e pés no chão”.

De acordo com Covas, é importante comparar quem já fez por São Paulo e quem está preso ao radicalismo ideológico. “Sigo a cartilha do respeito às leis, às decisões judiciais e à democracia. Justiça social se faz com responsabilidade fiscal”, afirmou.

O programa foi dividido em cinco blocos. No 1º e 3º blocos os jornalistas da bancada do Roda Viva entrevistaram o prefeito e no 2º e 4º blocos o seu oponente, Guilherme Boulos. No 5º bloco cada um deles teve 2 minutos para as suas considerações finais.

Bruno Covas ressaltou que para a próxima gestão pretende iniciar um debate sobre a organização das Pastas municipais. “Antes mesmo de definir nomes, precisamos pensar em reduzir secretarias meio e ampliar as secretarias fim”, disse. 

Sobre o tema do racismo estrutural, Covas afirmou que ainda vê uma quantidade imensa de pessoas sofrendo preconceito. “A pandemia afetou muito mais a população preta e parda. Eu nunca passei pelo constrangimento de ser revistado em um shopping e ter que explicar para o meu filho porque isso não acontece com outras pessoas” e disse que estuda adotar medidas para cassar o alvará de empresas que cometam crime de racismo. 

Sobre a situação da pandemia da covid-19 em São Paulo, o prefeito alertou que não há nenhuma indicação de que a cidade estaria entrando em uma segunda onda, mas que não há margem para ampliar as medidas de flexibilização social. 



Com relação aos subsídios às empresas de transporte, Covas ressaltou que em 2021 o valor deve voltar para algo em torno de R$ 2,3 bilhões, o que representa um percentual muito próximo das isenções tarifárias que são concedidas.